quarta-feira, 24 de outubro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

domingo, 9 de setembro de 2012

Sinfonia da Ciência

O Symphony of Science é um projeto que tem como parte dos objetivos "fornecer conhecimento científico de uma forma musical". Os temas são variados, e aqui coloco um vídeo que trata da teoria da evolução, e da biodiversidade. Os dois temas são conectados, visto que um dos problemas que qualquer teoria evolutiva deve tentar resolver é o da grande diversidade de seres vivos. 



O vídeo possui legendas em português, e as mesmas contém um erro que acredito não ser mais tão comum, a famosa frase "sobrevivência do mais forte" e não do mais apto. No vídeo, David Attenborough "canta", only the fittest survive.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Evento: Do Plano Condor à Comissão da Verdade


Nesta quarta-feira, dia 12 de setembro, às 14h no Auditório da Faculdade de Educação da UFRGS ocorrerá o painel intitulado "Para não esquecermos!  Do Plano Condor à Comissão da Verdade", com Jorge Zabalsa, Veronika Engler e Carlos Frederico Guazzelli. Está mais que na hora de começarmos a tirar os véus de amnésia que cobrem os anos de chumbo e lutar por justiça onde quer que devida. E a Universidade Pública, que não poderia ficar de fora dessa discussão, rompe os muros entre a academia e a sociedade que nos sustenta promovendo esse importante painel.

Universidade para além dos muros é uma atividade promovida pelo Comando de Mobilização dos Professores da UFRGS e tem o apoio da Seção Sindical do ANDES-SN e da ASSUFRGS.

Rapidinha

Poeminha interessante que li num ônibus de Porto Alegre, resolvi compartilhar com a xiruzada.

Dúvida mortal

Não sei se insisto no ponto final 
das ciências
Ou se me converto pra religião
das reticências

-Renan Osvaldo Pacheco


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Biólogo: pra que te quero?



O texto é de Paulo Brack, biólogo e professor da UFRGS, escrito especialmente para o dia do biólogo, 3 de setembro!

Em primeiro lugar, se voltarmos ao tempo e compararmos com a situação de agora, teremos que reconhecer que houve um espaço ampliado, ou conquistado, por este profissional. Fora das salas de aula, até a década de 70, existia muito pouco espaço para exercer o trabalho, e com o devido reconhecimento por parte da sociedade, àquele que mais estuda e defende a vida. De certa forma, a defesa da vida nem sempre foi tão serena assim.

Em 1962, há 50 anos, a bióloga norte-americana Rachel Carson, que lançou o livro paradigmático Primavera Silenciosa, que fomentou o surgimento dos movimentos ambientalistas mundiais, sentiu a enorme resistência dos setores que se opunham, e continuam a se opor, à vida, para se fartar na venda de agrotóxicos e outros insumos menos nobres. Aqueles que dominam a economia e continuam a encarar a vida diversa como um “empecilho”.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

I CICLO DE DEBATES-OFICINAS: A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL


Gostaria de divulgar aqui um evento que ocorrerá ao longo deste segundo semestre de 2012.
Tem também uma divulgação aqui no sítio-e da UFRGS: http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/ufrgs-sedia-debates-sobre-questao-agraria-brasileira.

I CICLO DE DEBATES-OFICINAS: A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL
Discussão sobre a questão agrária no Brasil com enfoque na luta pela terra, na reforma agrária, no desenvolvimento rural e temas envolvidos. Através de uma forma dinâmica com um caráter formativo através da trocas de saberes com presença de convidados/referências nas temáticas propostas. As atividades serão mensais e ocorrerão até dezembro. A inscrição deverá ser feita a cada novo debate-oficina.

sábado, 25 de agosto de 2012

Ciência elegante: o experimento de Michelson-Morley

Era uma época melindrosa, lá pelo final do século XIX, quando a existência das ondas eletromagnéticas havia sido demonstrada na prática, conforme sugerida por Maxwell em seu artigo clássico "Oscilações de campos elétricos e magnéticos baguais a partir de uns cálculos feitos em guardanapo de boca". O espaço, então, passava a ser reconhecidamente permeado por radiação, em sua maioria invisível, com exceção dos comprimentos de onda visíveis por nós (aquele espectro que vai do vermelho ao violeta). 

A gente sabida da época imaginava a propagação das ondas eletromagnéticas à semelhança das ondas mecânicas (algumas das quais reconhecemos como "som"). Acontece que as ondas mecânicas necessitam de um meio material para se propagarem: não há som no vácuo. Por isso que muitos filmes de ficção científica (principalmente algumas Space Operas famosas, como a hexalogia de George Lucas, Guerra nas Estrelas) falham logicamente ao representar sonoramente eventos ocorridos no espaço interplanetário.

Pois então, se o som necessita de um meio material para se propagar, é certo que esse "novo" tipo de radiação também necessita. Porém, sabendo que a radiação eletromagnética percorre o espaço (proveniente de estrelas e outros corpos emissores, por exemplo), que é supostamente vazio de matéria, o meio por qual a luz percorre deveria ser de uma natureza distinta. A esse meio deu-se o nome de éter, ou éter luminífero, a substância que preencheria qualquer espaço por onde se deslocasse algum tipo de radiação eletromagnética. Aliás, o conceito de (e a palavra) éter é recorrente em física e filosofia, geralmente usada para denominar aquilo que supostamente preencheria o espaço. Nessa época o éter passava a assumir papel de uma explicação científica ad hoc, porém, ainda não testada.

Edward Williams Morley e Albert Abraham Michelson

Como forma de obter evidências para a existência do éter, os físicos Albert Michelson e Edward Morley realizaram, a meu ver, um dos experimentos mais famosos e também mais elegantes da física, que ficou conhecido como Experimento de Michelson-Morley.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Realidade: entre a ciência e a filosofia


“No fim das contas, a epistemologia pode ser encarada como uma aplicação da ontologia ao processo cognitivo: diga-me o que há ali, e eu lhe direi o que e como poderemos chegar a conhecê-lo. Se o mundo for ou uma idéia ou uma massa de aparências, olhe apenas para dentro; mas se ele for concreto, saia e o explore; e se tudo o que podemos fazer é perceber, apenas registre suas impressões sensoriais; mas se você também pode pensar, esteja preparado para pensar a fundo”. Mario Bunge (2010)


Um dos problemas filosóficos fundamentais é aquele que pretende tratar de questões acerca da realidade. Para discutir este tema eu trago duas perguntas que, embora distintas, estão estreitamente interligadas (como mostra a citação acima). São elas:

1. Existe uma realidade independente do sujeito? 

2. Se essa realidade existir, podemos conhecê-la?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Os impactos da soja no Cone Sul


Da AS-PTA. É parte do boletim de agosto de 2012 e, ao final do texto, trás um importante relatório que pode ser baixado.

Car@s Amig@s,

A demanda europeia por soja impacta diretamente a forma como a terra e os agrotóxicos são usados nos países do Cone Sul. Contraditoriamente, esses mesmos países que demandam mais e mais da oleaginosa proíbem em seu território o cultivo de transgênicos e o uso de produtos tóxicos, como o Paraquat, cada vez mais aplicado nas áreas de soja Roundup Ready. Exportam para cá os impactos negativos de um modelo insustentável de produção. Em troca, exportamos para lá commodities de baixo valor agregado. Essas conclusões fazem parte do relatório recentemente divulgado por um grupo de pesquisadores ligados à UFSC (Brasil), Genok (Noruega), Redes-Amigos de la Tierra (Uruguai) e BASE (Paraguai).

Ao mergulhar na literatura científica e nos dados oficiais disponíveis para Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, os autores do estudo concluíram também que:

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Chernobyl escapuliu...

Aproveitando o lançamento do novo filme com temática zumbi (muito fraco, em minha humilde opinião), Chernobyl, onde os mortos-vivos voltam a ser produtos de radiação (embora de forma ligeiramente diferente do clássico de George Romero, A Noite dos Mortos Vivos, de 1968), trago-lhes um vídeo muito didático e explicativo sobre o desastre nuclear que ocorreu na cidade de mesmo nome.

Boa oportunidade para repensar o uso adequado da tecnologia nuclear, lembrando que muitos são os benefícios do uso da radioatividade: como forma de alimentação de energia de sondas espaciais, aplicações na medicina moderna e muitos outros. Por outro lado, muitos são os riscos. Alguns mais otimistas acreditam que até bombas nucleares terão seu momento de glória um dia, atuando no redirecionamento de corpos celestes em rota de colisão com a Terra. Carl Sagan, no livro Pálido Ponto Azul, menciona essa possibilidade, mas conclui posicionando-se contra essa tecnologia. Para ele, a chance de a humanidade fazer mal uso do redirecionamento de corpos celestes ainda parecia maior do que a chance de salvar a Terra de um suposto impacto futuro.

Em primeiro lugar, o uso da bomba nuclear como arma já mostrou do que somos capazes e os acidentes catastróficos de Chernobyl e outros (confira aqui uma lista interessante) nos mostraram do que ainda não somos.

A pesquisa nuclear ainda se faz necessária, seja no aprimoramento do uso da fissão nuclear e o destino de seus resíduos, bem como na busca da tão sonhada fusão nuclear. Vale a pena relembrar os perigos inerentes à manipulação de quantidades imensas de energia, além dos perigos óbvios da negligência com procedimentos de segurança.



Será que estamos prontos? A pergunta é válida. Mas, independente disso, as Angras da vida continuam por aí...

P.S.: Só eu que me sinto desconfortável a utilizar o termo "combustível nuclear"? Não se trata de uma reação de combustão...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

E o tal bóson de Higgs?


No último mês (04/07/12), uma notícia repercutiu amplamente pelo mundo, anunciada pelos cientistas do CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire): a comprovação da existência do bóson de Higgs. Mas afinal, o que é essa partícula, e qual o impacto desse fato no mundo científico?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cadê a Reforma Agrária?

Segue um texto do João Pedro Stedile, membro da direção nacional do MST e um dos fundadores do movimento. Resolvi postar aqui no Adaga porque trata de um dos temas que o grupo se propõe à debater. O texto apresenta basicamente duas questões: a necessidade da reforma agrária no Brasil, se desejamos um país mais justo e igualitário; e a falta de um programa de governo para a reforma agrária.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

História da Vida - Essa história ainda não acabou



Recentemente lançado pela editora L&PM em versão pocket o livro “História da Vida” do renomado paleontólogo de vertebrados Michael J. Benton. Publicado originalmente como “The History of Life” em 2008, o livro fora selecionado pela editora para compor a nova série de “Encyclopaedia” lançada este ano.

Aparência e Realidade



Em decorrência dos 50 comentários em uma postagem no grupo Adaga de Occam do "facebook", que tiveram início pelo texto Livre arbítrio? Mas tu tá louco... do Paulo Barradas, trago aqui uma questão que respondi para uma disciplina de filosofia na UFRGS. Trata da [necessária] distinção entre aparência e realidade.

Questão) 

De modo geral (excetuando-se situações excepcionais de engano perceptivo) costumamos supor que nosso aparato perceptual fornece um acesso direto ao mundo como realmente é. Muitos filósofos (e cientistas!), no entanto, colocaram essa suposição em questão. Bertrand Russell é um exemplo: no texto  Aparência e Realidade, referindo-se a um caso específico de percepção visual, defendeu que “a mesa real, se existe, não é de modo algum imediatamente conhecida por nós, tendo antes de ser uma inferência do que é imediatamente conhecido”. Apresente uma argumentação análoga àquela empregada por Russell para dar suporte a essa conclusão, alterando o exemplo e usando, na medida do possível, suas próprias formulações. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Comportamento moral em animais: vídeo

Frans de Waal, um dos maiores primatólogos e etólogos conhecidos, autor de A Era da Empatiadá uma interessantíssima palestra no TEDEle mostra características do comportamento moral (como a empatia e a reciprocidade) em animais não-humanos, mostrando vídeos de seus próprios experimentos que trouxeram um inegável avanço para as ciências do comportamento.

O vídeo tem 16min e 52seg.
Para vê-lo clique aqui! (possui legenda em português)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Manifesto da SBG sobre Ciência e Criacionismo



Texto postado por Jorge Quillfeldt no blogue Coletivo Ácido Cético, com o Manifesto da Sociedade Brasileira de Genética sobre Ciência e Criacionismo.

Três meses após um primeiro mas tímido protesto que reproduzimos em nosso blogue de integrantes da Academia Brasileira de Ciências, a Sociedade Brasileira de Genética vem a público com o seu Manifesto sobre Ciência e Criacionismo,iniciativa que saudamos efusivamente. Trata-se do acontecimento científico do ano no país, pois começamos a tomar posição em questões decisivas referente à educação científica de nossos jovens. A motivação, já comentamos antes, está na insistente militância religiosa de alguns colegas cientistas, especializados e até destacados em alguma área técnico-científica, mas opinando sobre biologia evolutiva de modo totalmente inepto e mesmo mal-intencionado, com omissões e distorções diversas. A tentativa de "emprestar" credibilidade e prestígio acadêmico de um lado para embasar o "outro" - porém sem o menor esforço de procurar conhecer o tema - não é algo exatamente novo, mas neste caso em particular, traz o malefício enorme de tornar o público leigo refém de uma falácia. Uma falácia que visa basicamente reforçar sua crença religiosa, em particular o credo cristão fundamentalista (a biblia cristã tomada ao pé da letra), não importando que tudo isso se dê mediante a completa distorção da percepção pública acerca de como se faz ciência. É um tipo de desonestidade intelectual que ainda não tem nome próprio, mas que se aproxima da tartufice - o ato de ocultação de real intenção, disfarce, dissimulação ou hipocrisia, o que bem se enquadra neste caso. Quem sabe não deveríamos chamar esse novo tipo de falácia de tecnotartufice?

Parabéns aos bravos colegas da Sociedade Brasileira de Genética, que com esse manifesto honra seus 58 anos de história!

Leiam o manifesto a seguir:

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Relações entre variáveis: biogeografia de ilhas, marés, assassinos chocólatras e tudo o mais



Mateava eu enquanto caía uma garoa despacita no entardecer. Um aguaceiro veio em seguida. Dali a pouco findou. Começou o reboliço da passarada – e eu mateando – e o entrevero e a cantoria dos bichos aumentou de vez. Aí pensei comigo, (1) será que existe, de fato, um aumento na atividade da passarada depois dum aguaceiro? E (2) se existir, que tipo de relação é essa? Daí me veio na cabeça o tal termo “correlação espúria”.

Dada a introdução, comecemos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A invasão de Pinheirinho

É uma pena, mas provavelmente os conservadores entenderiam esse meu título como a invasão por parte dos moradores de Pinheirinho; mas, obviamente, o que quero dizer com "A invasão de Pinheirinho" é o único processo que poderiamos chamar verdadeiramente de invasão, que foi o da Polícia Militar. E porque a ultra-direita, o PSDB e o Tribunal de (in)Justiça de São Paulo entenderia esse título ao contrário? Por que o direito à propriedade, que poderia ser duramente criticado, é entendido como um direito superior.  Para esses, direitos humanos e direito à moradia pouco importa. Isso faz a justiça atuar como justiça de classe!

Criminalizar uma comunidade que ocupou o espaço a 8 anos, porque não tinha onde morar, e dar respaldo e apoio ao especulador Naji Nahas é uma extrema inversão de princípios para com a sociedade. Se a reintegração de posse é legal, porque baseia-se unicamente no direito à propriedade, legítima com certeza ela não é.

Vale a pena ler estes textos: O Massacre de Pinheirinho e o Futuro da Luta e Dez mentiras que cercam o Pinheirinho (é só clicar em cima dos títulos).


Segue abaixo 2 vídeos e um texto de Clovis Oliveira, de Porto Alegre, professor de História e militante do CPERS/Sindicato.