A implementação das tecnologias de transgenia na agricultura,
diferentemente de outros casos (como a produção de insulina
transgênica), é um assunto efervescente e polêmico na sociedade,
pois é indissociável de questões éticas e políticas mais amplas.
A discussão sobre a agricultura transgênica não se realiza de
maneira adequada se não leva em consideração as esferas ambiental
e social envolvidas em todo o processo de cultivo e produção de
alimentos.
Muitos cientistas que trabalham no ramo da biotecnologia fazem uma defesa fundamentalista dos cultivos transgênicos, pois vêem essas tecnologias como resultado direto da ciência e da razão, e, portanto, detentoras de um selo de qualidade irrefutável. Essa suposta "santidade" dos frutos da pesquisa científica deixa de fazer sentido quando os mesmos são trazidos para fora dos centros de pesquisa e passam a servir como base para o surgimento de tecnologias que estão inseridas no centro das relações de poder na sociedade. A transgenia pode ser vista como uma ferramenta poderosa possibilitada pelo avanço de pesquisas em biologia molecular, mas isso não significa que qualquer uso que fizermos dela será benéfico para a humanidade, e esse juízo não cabe somente à ciência.
Muitos cientistas que trabalham no ramo da biotecnologia fazem uma defesa fundamentalista dos cultivos transgênicos, pois vêem essas tecnologias como resultado direto da ciência e da razão, e, portanto, detentoras de um selo de qualidade irrefutável. Essa suposta "santidade" dos frutos da pesquisa científica deixa de fazer sentido quando os mesmos são trazidos para fora dos centros de pesquisa e passam a servir como base para o surgimento de tecnologias que estão inseridas no centro das relações de poder na sociedade. A transgenia pode ser vista como uma ferramenta poderosa possibilitada pelo avanço de pesquisas em biologia molecular, mas isso não significa que qualquer uso que fizermos dela será benéfico para a humanidade, e esse juízo não cabe somente à ciência.