quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O caráter estratégico da organização e do uso da violência em Errico Malatesta

Aproveito essa postagem pra divulgar um artigo próprio que saiu publicado na última edição da Revista Opinião Filosófica (vol. 6, nº1, 2015). Para acessar o artigo completo clique aqui.


Resumo: São dois os problemas centrais analisados no presente texto: de que maneira a sociedade deveria se organizar para promover uma transformação no sentido da emancipação humana? E, se o uso da violência for necessário para atingir este fim, como justificá-lo? Para isso se examinará a argumentação do militante e teórico anarquista Errico Malatesta. Quanto à primeira problemática, nosso autor diferencia três níveis organizativos. O mais amplo seria a organização em geral, aquela que é condição para a própria vida em sociedade. A organização neste nível não seria moldada pelos valores de transformação social, mas pela própria sobrevivência humana. Diferentemente, os outros dois níveis organizativos implicariam esses valores. Seriam representados pelas organizações de massas e pelas organizações político-ideológicas. Malatesta compreende que, para se alcançar a mudança necessária em direção à emancipação humana, dever-se-ia desenvolver e fazer interagir essas duas formas organizativas básicas. Ele faz questão de ressaltar, porém, que não caberia ao “partido anarquista” dirigir as massas, de modo que o objetivo não seria emancipá-las, mas tão somente contribuir para que elas próprias se emancipem. Quanto à nossa segunda problemática, Malatesta entende que a instauração de um processo revolucionário (necessariamente violento) tornar-se-ia inevitável frente às condições da luta, que derivam do modo como a sociedade é atualmente organizada. Para Malatesta, esta violência é uma violência defensiva, que agiria contra a violência estrutural responsável por manter o estado de opressão e exploração humanas. Sua argumentação para o uso da violência é reconstruída em premissas e conclusão.

Palavras-Chave: Estratégia; Organização de massas; Partido anarquista; Revolução.

CARTA ABERTA: Questionamentos à SBPC e à ABC sobre a questão dos transgênicos, dos agrotóxicos e da agroecologia como alternativa

Por Associação Filosófica Scientiae Studia

Pesquisadores da Universidade de São Paulo ligados à Associação Filosófica Scientiae Studia e ao Grupo de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e Tecnologia, do IEA/Usp, se manifestam publicamente, por meio de uma carta aberta, em relação à falta de diálogo por parte da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciência (ABC) sobre as abordagens científicas que legitimam os transgênicos com tanta força em nosso País.

domingo, 1 de novembro de 2015

Vamos falar sobre carne?


Recentemente a Netflix lançou uma nova edição do documentário chamado Cowspiracy, e dessa vez com Leonardo DiCaprio como produtor executivo. Não que isso mude muita coisa, mas é um nome que chama a atenção e não aparece uma única vez no desenrolar do filme. O questionamento deste documentário dá-se pela voz e rosto de Kip Andersen. O seu ponto principal é: a Agropecuária é a industria mais destrutiva no planeta hoje e por que ninguém, nem mesmo as grandes organizações ambientais, fala a respeito?