quarta-feira, 27 de abril de 2016

O individualismo de senso comum e a perspectiva classista


1. O Congresso representa a sociedade?
Os dados dessa imagem são esclarecedores e impõem uma resposta fortemente negativa à essa questão. Mas quero explorar a atitude comum, em face desses dados, que acaba por jogar a culpa no colo da população, que "não sabe votar". Se cada um de nós votasse diferentemente, mudaríamos a composição do Congresso e sairíamos desse impasse. Esse diagnóstico do problema e a proposta para solucioná-lo envolve unicamente o nível individual. São as pessoas, individualmente, que estão gerando o problema. "Não sabem votar!". A interpretação comum da corrupção entre os políticos também é um exemplo paradigmático dessa perspectiva. Não há qualquer papel para o modo como a política é estruturada e executada. Essa visão identifica a causa da corrupção como sendo a pessoa de má índole. Isso pressupõe que os níveis acima do individual, tal como o das instituições, não fazem parte do problema.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O golpe, os limites da política profissional e o ideal libertário

Quem acompanha a TV Câmara sabe que, se a votação de domingo (17.04.2016) foi um show de horrores, em outras ocasiões os discursos não são tão diferentes e sempre causam dor de estômago!

Assistir o proceder da política institucional  da democracia burguesa indireta  nos dá elementos para identificar um problema estrutural nesse sistema e acaba por reforçar o ideal socialista-libertário.