quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Errata baguala!

Perdoem-me por um erro muy grosseiro que cometi em minha última postagem!

Atribuí a sujeira na praia da Ponta Verde, em Maceió à comemoração do dia de Iemanjá. Acontece que tal evento corresponde ao dia 02 de fevereiro, data na qual eu já estava em solo gaúcho.

Conversando com um amigo, cheguei a conclusão de que se tratavam de oferendas simples, muito frequentes no nordeste devido à disseminação de religiões afro-brasileiras na região, como Umbanda, Quimbanda, Candomblé, etc.

Mas a indignação continua.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Iemanjá me tapando de nojo

Um causo ligeirito, que o calor tá de arrepiar cernelha de mula.

Lembrando das andanças pelo Brasil, em particular da cidade de Maceió, recordei uma coisa que me deixou deveras irritadiço!

Maceió, capital brasileira das praias. As águas daquela querência chegam a me deixar nervoso de tão belas que são. Longe do alcance da gelada Corrente das Malvinas (que começa a fraquejar pelos lados de Torres, deixando as águas frias e com cor de alpargata velha SÓ pra nós), a cidadezita ostenta uns lugares paradisíacos.

Tranquilito, isso todos devem ter ouvido falar. Pois acontece que na primeira das praias que conheci, lá por volta do dia 12 de janeiro, me deparei com situação muy deselegante. Logo depois de botar o pé na praia da Ponta Verde, me prendeu na ponta do dedão uma sacola de matéria plástica. "Porcaria", pensei. Tirei ela e joguei no lixo, limpito que sou. Mal se passam cinco minutos e a situação se repete. Dessa vez, um pacote inteiro de fubá (nome que os brasileiros dão pra uma farinha de milho toda mimosa) se agarra no meu calcanhar. O fato se passou por volta de umas quatro vezes. Percebi que eram as oferendas do dia de Iemanjá. Relinchei.

Por que Iemanjá, se existe, precisa de farinha de milho? Vai fazer uma broa? Não dá pra cozinhar debaixo d'água. Flores, barquinhos, caravelinhas, farinha... E eu sou a prova de que ela não precisa das oferendas! Estava tudo com cara de apodrecido, com um ranso escorrendo.

Sendo assim, tu que acreditas nisso (se é que chegaste aqui!), estás só sujando a morada de tua amiga imaginária. Nada agradável esse hábito!

Gente boa que nos lê... sei que é uma tradição, faz parte da cultura nacional e todas essas coisas arbitrariamente sem sentido, mas, é coisa de cabeça-de-porongo. Quem decidiu o que Iemanjá gosta? Ela disse como, por mensageiro, pombo correio, fax ou sinal de fumaça? A la putcha!

Pensa nisso. Tem gente aí perto da tua casa que precisa muito mais de um quilograma de fubá do que aquela lá das águas. Ela pode pescar, se quiser.

E me vou!