terça-feira, 23 de julho de 2013

A introdução da perca-do-nilo no lago Victoria


perca-do-nilo (Lates niloticus)
Texto de Ricklefs (2011)
Durante a década de 1950 e início da de 60, a perca-do-nilo (Lates niloticus) e a tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) foram introduzidas no lago Victoria, um grande e raso lago que se espalha ao longo do equador no leste da Africa. A introdução intencionava proporcionar alimento adicional para as pessoas que viviam na área e uma receita adicional de exportação com a pesca excedente. Durante a década de 1980, a população da perca-do-nilo aumentou dramaticamente, e o próspero pesqueiro atraiu muita gente para a região das margens do lago Victoria. De fato, em 2003, o pesqueiro produzia exportação para a União Europeia avaliada em quase 170 milhões de euros anuais. Contudo, devido ao fato de princípios ecológicos básicos terem sido ignorados, a introdução terminou por destruir a maior parte da pesca tradicional do lago e assim também acabando com o novo pesqueiro.

domingo, 21 de julho de 2013

Ocupação FACED

Página da Ocupação

Carta à direção da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Nós, estudantes da graduação e pós-graduação de diversos cursos, que compomos Diretórios, Centros Acadêmicos e Coletivos, reconquistamos o espaço histórico do movimento estudantil, que já esteve privatizado e, nos últimos tempos vinha sendo utilizado como depósito na Faculdade de Educação da UFRGS (FACED). Informamos que, a partir do dia 10 de Julho de 2013, o movimento estudantil da UFRGS estabeleceu no local um espaço de cultura e vivências gerido pelo DAFE, com total apoio das entidades que assinam este documento.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quem vai calar essas vozes?

Hoje, no maior telejornal do país, vi algo que se pretende denominar reportagem sobre as manifestações contra Sérgio Cabral, governador do estado do Rio de Janeiro. De forma geral, tratou-se de uma continuação do que foi visto a respeito das últimas manifestações. Dessa vez, quem sabe, anabolizado por alguns coquetéis Molotov que foram atirados no prédio de uma certa emissora de televisão.
Nos primeiros minutos (não terá sido um só?), um breve panorama sobre a movimentação. Gritos de ordem, cartazes e muitos outros símbolos que temos visto no último mês, com os quais alguns concordam mais que outros. Nos próximos DEZ minutos ou mais, uma sequência de imagens (muito bem tomadas, por sinal) de atos violentos, designados pelas já gastas palavras "quebra-quebra", "vandalismo" e "anarquia". Durante a maior parte do tempo, nenhum comentário ou narração. Imagem depois de imagem, como se a grande e sábia televisão tivesse ficado sem palavras, perplexa. Bancos, placas de trânsito, vidraças, lojas: tudo quebrado. Como não poderia deixar de ser, seguiram-se imagens de alguns manifestantes roubando lojas: camisetas, bermudas e outros artigos. Na sequência, imagens de comerciantes que haviam perdido parte de seus negócios. Um senhor, em lágrimas, diz "Eu sempre tratei bem os meus empregados". Curiosamente, nenhum bancário ou dono de concessionária de automóveis. O canhão melodramático, dessa vez, disparava sem pudor e o alvo era o coração do povo.


domingo, 14 de julho de 2013

Uma Crítica à Democracia Atual

"Democracia é a forma de governo em que o povo imagina estar no poder"
Carlos Drummond de Andrade

Quando discutimos ou pensamos em questões políticas, muitas vezes tomamos como o melhor sistema a democracia, como se fosse algo que já possuímos. É claro que podemos ter muitas objeções quanto ao aspecto prático desse sistema, como, por exemplo, críticas à ineficiência ou à corrupção. No entanto, isso não coloca em xeque o conceito de democracia. De modo geral, em termos teóricos ou abstratos, pensamos que a democracia, tal como entendida hoje em dia, é o sistema mais adequado por ser justamente aquele que promove um governo do povo. Será que é isso mesmo?