terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sobre salsichas de abacate: inspirações da prática científica para a educação

Minha intenção aqui é fazer uma análise muito resumida e seletiva sobre os percursos do conhecimento - da descoberta ao ensino - e comentar algumas discrepâncias entre a prática e a educação científicas. O conteúdo é inspirado nas diversas conversas com meu amigo professor Daniel Rockembach e foi baseado também em um seminário apresentado nas "Jornadas acadêmicas da biologia da UFRGS" (vulgo Jaburgs), assim como o primeiro texto que escrevi aqui.


A prática científica

Afinal, como é feita a ciência? Talvez neste ponto alguns ainda pensem no clássico "método científico". Contudo, sabe-se que não há um método científico. Podemos pensar na utilidade daqueles passos tradicionais, como na figura abaixo, para um paleontólogo, por exemplo. Ele costuma fazer hipóteses e então ir ao campo verificar se os fósseis corroboram ou rejeitam sua hipótese? Geralmente, acho que não. Este e muitos outros tipos de pesquisa científica são feitos de um modo bem mais flexível. E mesmo nos casos em que há hipótese, experimento, etc. o procedimento costuma ser mais parecido com uma rede ou teia do que com uma sequência linear, saltando e voltando várias vezes de um passo a outro, mais ou menos como neste fluxograma.




segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Outra ciência é possível (e necessária)

Como nasce a união de cientistas comprometidos com a sociedade e a natureza

Darío Aranda

Um texto de Andrés Carrasco é a origem dessa rede latino-americana que questiona o papel da ciência a serviço das corporações com a cumplicidade do Estado.
“O conhecimento científico e tecnológico, particularmente aquele desenvolvido sem o devido controle social, tem contribuído para criar problemas ambientais e de saúde, com alcance muitas vezes catastrófico e irreversível.” O questionamento provém de dentro do mesmo sistema científico e é parte do documento de fundação da Unión de Científicos Comprometidos con la Sociedad y la Naturaleza de América Latina (Uccsnal), espaço nascido em Rosário (Argentina, N.do T.) e formado por acadêmicos de uma dezena de países. Questionam as políticas científicas que, desde o Estado, estão a serviço do setor privado, e se mantêm com os acadêmicos que legitimam o extrativismo (agronegócio, mineração e petróleo), e propõem uma ciência que tome como foco a população. “A atividade científica deve ser desenvolvida de uma maneira eticamente responsável e com um claro compromisso com a sociedade e a natureza, privilegiando os princípios de sustentabilidade [biossustentabilidade], equidade, democracia participativa, justiça socioambiental e diversidade cultural”.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

domingo, 9 de agosto de 2015

Pedido de apoio para a FZB

O texto abaixo é da autoria de Marcel Lacerda, paleontólogo, e colaboradores. 
Se você conhece ONG's, fundações ou grupos internacionais que eventualmente simpatizem com a causa, por favor, divulgue. Muito obrigado!