sexta-feira, 26 de março de 2010

Safadeza na sacristia

Muito boa noite aos amigos!

Cá venho eu virando o mate e dando sequência às discussões aqui do blogue. Ultimamente temos notado um aumento grande no número de visitas, coisa que será considerada. A partir de hoje, vai começar uma rotina mais intensa nas postagens... reforço o pedido aos outros payadores para que aumentem o ritmo, e que comecemos a lidar com temas mais relacionados diretamente à ciência! Hoje ainda tô no ritmo de férias... mas logo a coisa vai disparar! Peço, também, aos leitores macanudos e às leitoras de fino trato que deixem um comentário/crítica/reclamação/elogio!

Mas sigamos!

Hoje ouvi no rádio (porque televisão é coisa de desocupado) que o atual papa Bento Dezesseis (nome xucro, aliás) tá sendo acusado de perdoar um padre pedófilo americano, que teria se resfolegado com 200 crianças em uma escola para surdos. Simplifiquei a história. Daí foi feita toda uma retomada sobre os casos semelhantes na Igreja Católica e blablabla. Eu já disse que minha intenção não é pregar nada, nem implicar muito com essa história de religião organizada, mas essas cousas me incomodam mais que mutuca no tornozelo.

Todo mundo sabe que é errado comer criancinha. Isso não se faz, de acordo com princípios morais AMPLAMENTE aceitos pelo humanidade. O cara fica malvisto. Não é compatível com o nosso estilo de vida. E ponto. Mas quero ir um pouquinho mais longe...

Nossa espécie, o bicho homem, tem dois sexos: masculino e feminino. A diferença crucial entre eles é o tamanho da contribuição que cada um dá pra formação do filhote. E isso é assim pra todos os seres que têm essa divisão em macho e fêmea. Os machos são aqueles que contribuem menos (só no sentido biológico, che. Não precisa riscar o facão...): dão uma célula pequena, o espermatozóide, que é produzida em laaaaarga escala. As fêmeas contribuem com uma célula enorme, além de, no caso dos mamadores e outros bichos, alimentarem a cria nas próprias entranhas, por um tempo relativamente longo de suas vidas. Pensa numa mulher grávida... em alguns casos, aquela barriga atrapalha tanto que fica complicado de realizar as tarefas cotidianas. Minha tia, quando engravidou pela primeira vez, engordou uns 20 quilogramas. Meu tio, bagual que é, vinha gritando antes de chegar em casa: "Abre as duas portas que a jamanta vai passar!".

Disso se tira uma ideia muy elegante: se para as fêmeas a reprodução é coisa mais trabalhosa, elas têm um número mais limitado de possíveis filhos. O investimento é muito grande! Essa é a razão para elas serem tão seletivas... querem escolher o macho ideal, pra não desperdiçar energia!

Já os varões (e os que me lêem hão de concordar!), investem muito pouco... A alternativa encontrada foi tentar reproduzir muitas vezes e, pra aumentar as chances de ganhar na loteria genética, com o maior número de mulheres possível. Tá aí a causa de os xirus terem uma maior flexibilidade quanto à escolha das patroas... se for guapa, ótimo: vai direto contar pros amigos. Se for mediana, um trago de canha já elimina o problema. Se for um bichinho-da-goiaba, basta que não tenham muitas testemunhas que o bandido não perdoa! Tô exagerando, mas todos sabemos como é!

Mas por que eu tô falando isso?

A questão é: faz mais ou menos 3,5 bilhões de anos que a vida como nós conhecemos surgiu. Não sei precisar há quanto tempo surgiu a separação em sexos (que não surgiu uma só vez, creio...). Mas há centenas de milhões de anos que a linhagem do Homo sapiens (ou mancebo, vivente, segundo o Sistema de Classificação do Pampa) apresenta essas característica. As prendas são criteriosas para a escolha dos parceiros. Os baguais são menos. São verdadeiras máquinas de reproduzir. Acontece que a Igreja Católica, com sua audácia típica dos aproximadamente 2000 anos de idade (uma adolescente espinhenta no mundo das religiões...) insiste em ir contra a natureza humana. O celibato não é legal. O celibato complica a vida dos sacerdotes. Depois aparecem essas notícias de padre tarado por criança surda e todo mundo fica nervosinho!

Logicamente que não são todos os homens que são capazes de cometer essas coisas, mesmo sob abstinência. Mas alguns, que provavelmente seriam buena gente, não o são devido a essa situação que lhes é imposta. Completamente antinatural. É deixar o passarinho na gaiola, sendo que ele tá programado pra voar (sem projeções.... sem projeções...). Isso causa problemas, e quem paga são as crianças inocentes que são abusadas. Sabe-se lá como fica a situação delas!

Duvido que o celibato tenha sido imposto por santidade ou coisa do tipo. Provavelmente ele é conveniente pros interesses organizacionais da Igreja, assim como é na Maçonaria. Afinal de contas, todos nós sabemos que as mulheres desviam a atenção. As mulheres estão para nós como as flores estão para as abelhas operárias. E que coisa boa que é isso.

Bom, encerro por aqui. Me despeço, pedindo aos viventes que deixem um comentário pra lá de buenacho! Nem que seja criticando...

Pra dar um toque de humor, aí vai uma figura que ilustra a embalagem de uma famosa marca de chocolate. Como disse meu irmão esses dias: "Não parece que um padre tá chupando o dedo do outro?" Quem dera, seu Bira... quem dera...

  A imagem é do artista plástico Alessandro Sani. A história pode ser conferida aqui: http://paiobirolini.blogspot.com/2009/05/27-os-padres-da-nestle.html

sexta-feira, 19 de março de 2010

Porco-do-mato

Cumprimentos.

Hoje venho trazer aos senhores um texto muy explicativo, elaborado por um companheiro uruguayo loco de bagual, o Ismael Brack. Também chamado de Brackinho, o guri traz a tona um assunto que deveria estar na ponta da língua de toda a gente do Rio Grande. As construções de Usinas Hidréletricas (aquelas máquinas grandes de transformar rio em lago + energia elétrica) ao longo do Rio Uruguai/Pelotas previstas pelo PAC. Como denuncia o vivente, essas obras ignoram estudos ambientais necessários e, como já foi visto no passado, podem contar com Relatórios de Impacto Ambiental fraudulentos barbaridade. Uma das espécies animais ameaçadas nesse entrevero é o porco-do-mato, ou queixada, que se encontra em um só bando lá pras bandas de Vacaria. Aí que o bugre velho deve repensar os conceitos, pesar as consequências e, na base do estudo sério, avaliar a real situação dos ambientes jurados de morte por essa iniciativa. Da crise de perda de biodiversidade decorre uma crise socioeconômica, e ambas dependem de uma crise de valores da humanidade, que tem sido o grande catalisador desse cenário. Agora que iniciei o assunto de um jeito meio frouxo, deixo com vocês a firmeza do nosso convidado.
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quarta-feira, 17 de março de 2010

Buenas e me espalho

Não faz muito o amigo Gilberto, baita bagualão, postou um poemito de derreter coração de moça nova. Cousa muito linda, cada ponto no lugar que tem que estar.Coisa muito fina e mimosa.

E falando em mimosidade, estávamos nós, hoje depois da aula de plantinha, que bagual que é bagual tem que estudar plantinha, nem que seja pra dizer depois "gosto mesmo é de couve", bueno, estávamos nós, bem belos, rumando de encontro aos mercedões, quando nos deparamos com um fandango bonito barbaridade! Era a festa dos animal(ênfase bagual no éle, que guampa torta tem que falar éle com vontade).
Os bixos frescos e ainda quentes da última fornada, em especial um bando de guria bonita(que o Blau Nunes me empreste umas palavras: "Face cor de pêssego maduro; os dentes brancos e lustrosos que nem dente de cachorro novo...") que não tinha medo de falar grosso e botar opinião na mesa. E tinha um paysano chamado Avner(gracias, Barradas, pela lembrança) que era quieto.Justo, homem é bicho quieto.
Bueno, a postagem é mesmo pra dar boas vindas e talicoisa, convidar pra algum chimarrão com rapadura, charla, prosa, roda de violão ou baile. Dizer que os veterano tão sempre aí pra mostrar o caminho da biblioteca e do bar(os dois lugares mais importantes da Universidade, nas palavras dum professor macanudo) e qualquer cousa é só prender o grito mesmo.

Beijo pra Beatriz, pra Larissa e pra Iana. Pro Avner, um abracito. Mas sem muito apego.