quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Megaextrativismo é parte do modelo de esgotamento

O texto, posicionado e altamente didático, é do professor do departamento de Botânica da UFRGS, Paulo Brack.

Avisem que:

- Não é lama, é REJEITO TÓXICO.

- Não é um acidente, é CRIME SOCIOAMBIENTAL, por NEGLIGÊNCIA, e CRIME CONTRA A HUMANIDADE.

- Não é produção de minério de ferro, é MEGAEXTRATIVISMO e MINERONEGÓCIO, incompatível com a vida digna e a qualidade ambiental assegurada pelo Art. 225 da Constituição.

- Não é mera falha de fiscalização, é APAGÃO AMBIENTAL e fragilização deliberada dos órgãos ambientais, onde a vida não vale nada.

- Não é somente a localização de rejeitos, é também a escala de exploração e de geração de rejeitos, incompatíveis com a sustentabilidade das condições de vida humana e da qualidade ambiental local, regional e planetária.

- Não é desenvolvimento socioeconômico e ambiental, é atividade para EXPORTAÇÃO DE COMMODITIES, com isenção de impostos, via Lei Kandir, de países da semiperiferia mundial, com exploração de matérias primas sem limites, por capital privado concentrador e depredador.

- Não são falhas na legislação, são ESQUEMAS COORDENADOS DE FLEXIBILIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL, chefiados por empresários mafiosos corruptores, políticos testas de ferro, lobbistas pagos em Conselhos de Meio Ambiente e técnicos mercenários profissionais e empresas de consultorias ambientais fraudadores de estudos e laudos.

- Não é economia, é CREMATÍSTICA.

- Não é atividade sustentável, é EXPROPRIAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS sem limites para manter o CÍRCULO VICIOSO DO CONSUMO sem limites, sem reciclagem, para servir a uma classe e para a ACUMULAÇÃO DE CAPITAL da mesma classe.

-  Não é coincidência, é REINCIDÊNCIA, IMPUNIDADE e CUMPLICIDADE de executivo, legislativo e judiciário, para não afetar os negócios de sempre.

- Não é falha, é GANÂNCIA, típica do MODELO DE ESGOTAMENTO e do ESGOTAMENTO DO MODELO.