segunda-feira, 30 de março de 2015

Além das janelas e maçãs: o mundo do software livre

Esse ano começou meio nerd para mim. Comecei a me relacionar um pouco mais intimamente com computadores e a entrar num mundo que me é relativamente novo: o mundo do software livre. Andei lendo sobre o assunto e resolvi compartilhar um pouco do que aprendi com os leitores desse blogue. Cabem aqui dois avisos sobre essa postagem. Primeiro: é uma postagem com uma carga ideológica considerável. Segundo: é uma postagem amadoríssima, portanto talvez seja decepcionante para quem tem algum conhecimento sobre software livre e informática em geral. Terceiro (quem lê dois lê três): Perdão, mas tem vários termos em inglês.

Uma atualização está disponível para seu computador. Linux: "Legal, mais conteúdo livre". Windows: "De novo não!". Mac: "Ó, só 99 dólares!".


sexta-feira, 20 de março de 2015

Vermes, Fezes e Tubarões de Água-Doce: Uma história de 270 milhões de anos

Onde hoje se situa o município de São Gabriel, há aproximadamente 270 milhões de anos atrás, existiam ecossistemas completamente diferentes dos atuais. Nenhum mamífero, nenhum lagarto ou serpente caçavam nestas matas, nenhuma flor desabrochava nos pampas e o canto dos pássaros inexistia. Se observássemos a região iríamos indagar se não estaríamos em um filme de ficção científica em um ambiente árido quase que extra-terrestre. Em um destes oásis, em uma época de estiagem, um braço d’água ficou isolado, os peixes amarronzados e brilhantes acabaram presos em seu próprio ambiente. Foi o suficiente para que parte desse ecossistema acabasse perpetuado em camadas de rocha sedimentar. "Congelados" pelo tempo profundo, retornaram a superfícies vestígios de uma época em que tubarões nadavam em rios e os "anfíbios" poderiam facilmente ser confundidos com grandes crocodilos.

 Figura 01 – Afloramento onde foram encontrados coprólitos (fezes fossilizadas). Em detalhe a grande descoberta: um coprólito de tubarão!
Foto:  Voltaire Paes Neto. Foto do Detalhe:  modificado de Dentzien-Dias et al 2012.