quarta-feira, 11 de novembro de 2015

CARTA ABERTA: Questionamentos à SBPC e à ABC sobre a questão dos transgênicos, dos agrotóxicos e da agroecologia como alternativa

Por Associação Filosófica Scientiae Studia

Pesquisadores da Universidade de São Paulo ligados à Associação Filosófica Scientiae Studia e ao Grupo de Filosofia, História e Sociologia da Ciência e Tecnologia, do IEA/Usp, se manifestam publicamente, por meio de uma carta aberta, em relação à falta de diálogo por parte da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciência (ABC) sobre as abordagens científicas que legitimam os transgênicos com tanta força em nosso País.

Qual o papel que devem desempenhar as contribuições científicas nas deliberações dos organismos geneticamente modificados? E em que medida os resultados de pesquisas científicas que se referem a danos e riscos do uso de transgênicos, e às formas de agricultura viáveis e necessárias, são consideradas?  Quais os tipos de metodologia usados pelos órgãos reguladores das práticas agrícolas para fundamentar com tanta certeza os benefícios dos transgênicos para o Brasil? Por que as pesquisas cientificas que discorrem sobre os malefícios da prática transgênica são ignoradas veemente pela SBPC, ABC e CTNBio? A quem interessa essa posição?

Essas questões se desdobram em várias outras, sendo uma das mais importantes aquela relativa ao glifosato, e às variedades transgênicas cujo cultivo exige a aplicação indiscriminada desse agrotóxico. Segundo os pesquisadores que endossam a carta, existe no cerne das controvérsias sobre o uso dos transgênicos, questões científicas em disputa. Os questionamentos levantados pelos pesquisadores referem-se, assim, à adequação científica dos procedimentos e métodos utilizados quando se extraem conclusões sobre a segurança do uso de transgênicos, não às motivações e intenções pessoais que atendem aos interesses do agronegócio e das políticas governamentais voltadas para a exportação.

Buscando superar o lamentável silêncio dos representantes da CTNBio, da SBPC e da ABC em relação aos constantes questionamentos de uma minoria considerável de membros da CTNBio, numerosos agrônomos, agricultores e trabalhadores rurais, além de filósofos e sociólogos da ciência em relação aos transgênicos e da agroecologia como alternativa, os pesquisadores evocam o espírito de diálogo, sugerindo à SBPC e à ABC que organizem um debate à altura das complexidades e importância das questões em jogo."

Leia a carta na íntegra AQUI
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