“O que toda burocracia persegue é sua própria sobrevivência
e ampliação. A liberdade só aumenta à medida em que aumenta a auto-suficiência,
a autonomia local, a autogestão e se descentralizam todas as formas do poder de
decisão”
No dia 14 de maio de 2002 faleceu José Lutzenberger. Já
estamos há 11 anos sem o grande Lutz! É nosso dever relembrá-lo. Segue algumas frases, todas extremamente atuais. Foram retiradas do livro Garimpo ou Gestão: crítica ecológica ao pensamento econômico.
Em 6 de março de 1992 ele escreve:
“Para as grandes empreiteiras e para os políticos corruptos,
jamais haverá barragem que chegue.”
Em finais de 1995:
“Progresso não é, necessariamente, função de sofisticação e
concentração tecnológica.”
“Numa cultura técnico-científica como a nossa, o
analfabetismo técnico-científico do poder de decisão é politicamente funesto.”
“Precisamos sempre perguntar-nos: econômico para quem? Para
a comunidade ou apenas para a empresa?”
“A mentira da neutralidade ética da ciência e tecnologia
abafa consciências.”
“Por que é insustentável a agricultura moderna? Porque ela
vai contra as leis dos sistemas vivos.”
Em 10 de abril de 1996:
“Meu maior sonho era que o Brasil, na Rio-92, viesse a
promover esse novo pensamento. Não pôde acontecer. Continuam todos acreditando
que só com mais crescimento teremos os meios para remendar os estragos que o
crescimento está causando. Acreditam todos na bola de neve.”
Ano passado, nos 10 anos da morte do Lutz, fizemos um evento em sua homenagem. Esse foi o cartaz de divulgação:
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